Mais de 20 alunos e a comissão técnica das quatro equipes das escolas de São Bernardo e São Caetano desembarcam nesta terça-feira (14/03) em Brasília para apresentar uma miniatura de um carro de F1 baseado na metodologia que abarca as áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.
Por: Elaine Casimiro, Sesi São Bernardo e São Caetano
14/03/202309:02- atualizado às 09:22 em 14/03/2023
Quatro equipes das escolas Sesi de São Bernardo e São Caetano, participantes do projeto educacional robótica Fórmula 1, desembarcam nesta terça-feira (14/03) em Brasília para representar o Estado de São Paulo no Torneio F1 in Schools durante a etapa nacional do Festival Sesi de Robótica que será realizado de 15 a 18 de março. Eles vão disputar com outras 41 equipes.
A F1 é um projeto desenvolvido pelo Diretório Nacional do Serviço Social da Indústria em todas as escolas do Brasil e cada Estado terá equipes representantes no evento.
Para defender o time São Paulo, mais de 20 alunos e a comissão técnica das duas escolas da região do Grande ABC apresentarão um protótipo de um carro de F1 em uma competição que vai avaliar não só a velocidade, mas também o conjunto das ações do projeto que envolve engenharia, empreendedorismo, marketing e projeto social nas respectivas comunidades onde atuam. A melhor equipe poderá garantir a classificação para a etapa mundial.
“O projeto não envolve só engenharia, é um conjunto que consegue trabalhar várias áreas do conhecimento, desde linguagem, projeto maker, gestão de projeto e isso proporciona diversas possibilidades para eles. Tenho certeza que será enriquecedor e eles vão levar esse aprendizado para vida. O torneio prepara o aluno para os desafios profissionais”, destacou a orientadora de educação digital da escola Sesi São Bernardo, Érica Magalhães Battistini.
Em fevereiro, as equipes realizaram dois treinos abertos durante a etapa regional - São Paulo
do Torneio de Robótica FIRST Lego League (FLL) | Crédito: Elaine Casimiro
AS EQUIPES E OS PROJETOS SOCIAIS NA COMUNIDADE
Para elaboração do projeto social, Laura Rodrigues, 15 anos, explica que a equipe Atena da Escola Sesi São Bernardo pautou em dois tópicos da agenda 2030 da ONU – Educação de Qualidade e Redução das Desigualdades - e tem como objetivo introduzir a arte de maneira diferenciada abordando a metodologia grega que inspirou o projeto dos estudantes.
“Pensamos nas crianças que não tem acesso diariamente a determinadas expressões artísticas de forma prática e lúdica com visitas em casas de acolhimento”, disse a aluna que junto à equipe realizou a primeira ação no dia 4 de março em uma ONG do município que atende 20 crianças entre 3 a 15 anos.
A outra equipe de São Bernardo, a Bytes, também pautou sua ação social em uma das temáticas da ONU que aborda sustentabilidade e tecnologia. Os alunos estão desenvolvendo uma máquina que transformará garrafas Pets em filamento 3D. O objetivo é incentivar o uso da tecnologia em ambientes de aprendizado, incentivando a prática de reciclagem. “Nossa intenção é disponibilizar esse material em lugares públicos, como a Fábrica de Cultura em São Bernardo que utiliza desse recurso da impressora 3D”, explicou João Pedro Feitosa, 15 anos.
A equipe Hale Falcons da escola de São Caetano vai competir pela segunda vez no Torneio F1. “Trabalhamos muito para superar todos os desafios com as experiências que tivemos no último torneio, pois aumentou o nosso senso de responsabilidade e aprendizagem”, afirmou Bruno Rico, 17 anos.
A Falcons desenvolveu um projeto social que consiste em três pilares social, ambiental e econômico. “Escolhemos recolher tampas plásticas e lacres metálicos para doar a uma ONG chamada EcoPatas que vende esses materiais e utiliza o dinheiro para ajudar animais carentes, mas temos também o objetivo de educar e conscientizar o máximo de pessoas possível sobre sustentabilidade e descarte do lixo, mostrando que é possível cada um fazer sua parte de forma simples e por isso promovemos 4 eventos online em parceria com um projeto de educação e também uma competição de desenho na escola com o tema reciclagem”, relatou a equipe.
Os alunos da Genus Racing Team de São Caetano, também são veteramos na competição. E assim como na primeira participação, buscaram contribuir em uma causa social para ajudar pessoas em situações de rua com itens que mais precisam, como objetos para higiene pessoal, alimentos perecíveis ou roupas que estejam em bom estado. “No projeto deste ano conseguimos atingir uma grande rede, todo o Estado de São Paulo, por meio da ONG São Paulo Invisível, que foi criada por fotógrafos e que retratam e contam as histórias de vidas dos moradores de rua”, disse Thiago da Silva, 17 anos.
Na parte de engenharia, o aluno Ruan Marcos de Sousa, 17 anos, destaca o design do carrinho como diferencial. “Para este projeto conseguimos evoluir muito, a aerodinâmica do nosso carro está muito melhor, mais downforce que é um conceito da lei da física que entra em atrito com o carrinho e fica mais em contato com o solo. Tudo isso foi analisado durante o processo e toda experiência da primeira competição ajudou muito mais no desenvolvimento de todas as etapas”, explicou.
No Instagram é possível conhecer cada etapa desenvolvida dos projetos. É só buscar pelo nome das equipes:
Atena: @atena.brazil
Bytes: @_.teambytes._
Genus Racing: @genus_racing
Hale Falcons: @hale_falcons