O diferencial dos espetáculos foi a criação e escrita dramatúrgicas das peças elaboradas pelos próprios alunos.
Por: SESI São Bernardo
18/12/201810:12- atualizado às 14:44 em 20/01/2020
Com objetivo de apresentar os resultados das aulas dos cursos deste segundo semestre de iniciação teatral, o SESI São Bernardo realizou em novembro a Mostra do Núcleo de Artes Cênicas (NAC). As apresentações contemplam produções das turmas com as crianças de 08 a 10 anos, adolescentes de 11 a 15 anos e jovens e adultos a partir dos 16 anos.
O diferencial dos espetáculos, segundo a orientadora de artes cênicas do SESI São Bernardo, Carolina Gierwiatowski foi a criação e escrita dramatúrgicas das peças elaboradas pelos próprios alunos. “Por meio de exercícios de criação coletivas, os alunos trouxeram propostas de histórias e criaram juntos as cenas, sob da orientadora que fez os arranjos finais”, explicou Carol.
Outro destaque relatado pela orientadora do grupo foi a produção de objetos cenográficos criados e produzidos na turma de 8 a 10 anos. “Foram desenhados por Nathalia Miranda, a Mochila Super Blaster Excalibur, e os livros em formatos de lua, cubo e asas remetem ao mundo lúdico infantil, com detalhes que enriqueceram ainda mais a peça”, complementou a orientadora.
A peça Em busca da lenda perdida foi apresentada pela turma 08 a 10 anos. A Carol explica que a história de ficção científica e aventura falou sobre um futuro muito distante, onde crianças não sabiam mais o que é brincar juntas e estão confinadas em seus aparatos tecnológicos, não vão mais à escola, aprendem por meio de plataformas virtuais.
“Então uma trizavó de muitos anos conta sobre a lenda da Mochila Super Blaster Excalibur, uma mochila dos tempos de escola, que guarda os últimos livros mágicos, objetos responsáveis por ativar a imaginação e unir as crianças novamente. Em busca da mochila, as crianças enfrentam guardiões do mal e muitas aventuras”, relatou.
Na turma de 11 a 12 anos, a realidade da escola e o mundo do cinema se misturaram com o espetáculo A Escolha onde os alunos em sala de aula não conseguem decidir juntos que filme assistir. Para poderem analisar melhor, começam as exibições de cenas de filmes de comédia, drama, ação e terror. “Com pitadas de suspense e muitas risadas, os alunos-atores interpretam clichês de novelas mexicanas, cenas de faroeste, comédias pastelão e clássicos do terror”, explicou Carol.
Vende-se esse circo foi a criação da turma de 13 a 15 anos. A orientadora conta que a história abordou as discussões cotidianas sobre preconceitos, agressões sociais, e remetendo aos circos de aberrações do século XIX na qual são expostos grupos sociais que sofrem na sociedade. “Tendo alunos infiltrados como plateia, dando opiniões e se posicionando durante a peça, o dinamismo é uma característica da peça. Ao fim, o que mais fica evidente é a necessidade de usar a própria voz e espaço de expressão para expor o que se cala”, contou Carol.
E, por fim, o espetáculo Uma vida incrível apresentou em formato de sequência de esquetes cômicas, com estética trash colocando personagens como Chapeuzinho Vermelho, Power Rangers, princesas e super heróis em situações comuns do dia-a-dia, em filas de entrevista de emprego, em discussão de relacionamentos (DR’s) entre amigos, pedindo empréstimo ou fazendo testes para comerciais de televisão tentando tirar um trocado. A Carol conta que a criação foi dos alunos da turma a partir de 16 anos, que contém alunos-atores de diferentes idades e realidades, o que torna a ação ainda mais rica e divertida.
